A rua foi fechada.O quarteirão estava todo cercado.
Eram várias as viaturas que estavam no local: Rocam,
Rota, Deic, Garra e resgate dos Bombeiros todos de
prontidão.
No local da ocorrência não se tinha informações sobre
o que acontecia, porém cá fora o clima de tensão pairava
no ar.
Policiais armados suavam frio, todos com o dedo no
gatilho; quem era o alvo ainda não sabiam.
O local era uma joalheria.
Através de negociações por telefone os policiais
souberam se tratar de um assalto onde três ladrões
fizeram sete pessoas reféns.
Todos estavam trancados no banheiro e por isso a
polícia não via ninguém. Já haviam se passado cinco
horas e começaram as exigências.
_A gente vai sair daqui tudo junto,na moral; disse uma
voz lá de dentro.
Do lado de fora não se podia ver as pessoas,só ouvir as vozes.
O tempo estava passando, eles disseram que sairiam com a mão para cima e isso não aconteceu.
De repente uma voz anuncia;
_Estamos saindo. Uma porta no fundo da joalheria se abre e começam a sair.
Os snipers estão à postos para derrubar o inimigo basta uma ordem de comando. Quando saíam da joalheria os que estavam na frente com as mãos levantadas, viram a quantidade de policiais que os aguardavam e decidiram voltar.
Os policiais vendo que desistiram de se entregar esperavam a ordem que veio primeiro aos snipers e dois disparos foram feitos e dois corpos foram ao chão.
A polícia agiu muito rápido, jogando bomba de gás lacrimogêneo no local e invadindo em seguida.
Lá dentro dois corpos no chão e mais disparos foram feitos.
Aqueles corpos que foram alvejados agora caídos no chão ensangüentados em meio a fumaça de gás gemiam e pediam socorro aos seus algozes policiais que os chutavam e mesmo agonizando foram algemados.
No meio da fumaça sete pessoas são resgatadas e três corpos ficam algemados, ensangüentados e agonizando no chão da joalheria.
Todos os outros foram levados para a ambulância e no meio do tumulto três dos resgatados saíram da mesma a pé. Roubaram um carro e sumiram ninguém mais viu.
Voltando à joalheria na identificação dos corpos que lá ficaram no chão algemados, ensangüentados, agonizando pedindo socorro agora em silêncio por estarem sem vida, descobriram ser um casal e uma vendedora, todos negros.
Os policiais disseram que, por não saberem quem eram os assaltantes suspeitaram do casal, pois o homem trajava bermuda, boné e tênis, a mulher mini saia e sandália e a vendedora uma linda mulher negra, disseram achar ser comparsa do casal.
As testemunhas que foram socorridas relataram que os assaltantes trajavam paletós e gravatas, os três tinham a pele clara, olhos azuis outro verde e aparentavam a idade aproximada de vinte e cinco a trinta anos.
Apesar de frustrado o assalto à joalheria, saíram todos
ilesos e prontos para outra em qualquer lugar, pois as características que possuem sabem que na sociedade racista não seriam culpados nem condenados tão pouco suspeitos.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Identidade, Raízes e Consciência
Sou descendente de africanos
Povo lindo de pele escura,
A consciência de ser seqüestrado está na mente
Diáspora inexistente
O tráfico de seres humanos fez de mim afrobrasileiro
Não vim aqui a passeio
A branca escraviza não liberta
Negro que enxerga e sente as seqüelas
Do sofrimento dos nossos antepassados
Seqüestrados ontem, hoje marginalizados
Sem reparação dos séculos de escravidão
Não existe igualdade, por isso fecho a mão
Faço parte da resistência
Não quero nada que você me ofereça
Usurpa a cultura negra e a torna popular
Se assusta temendo pra mim perder seu lugar.
Não sou Darth Vader, lado negro da força
Poder Negro na mente, lanterna verde consciente
Super Shock, dreadloks. Também uso coques
Vítimas do embranquecimento
Alisam o cabelo
Inimigas do reflexo do espelho.
Não precisa disso negra linda,
Minha rainha, se anima.
Seu cabelo é tão bonito
Dá pra trançar, deixar solto, fazer birote
Não busque aceitação nem aprovação dos algozes
A sociedade não enxerga sua beleza
Criança precisa de referência, não de Barbie preta
Identificação, Raízes, Consciência
História linda construída com suor e lágrimas
De um povo roubado de sua mãe, ÁFRICA.
Cákis
Kkis1@hotmail.com
Literaturanobrasil.blogspot.com
Povo lindo de pele escura,
A consciência de ser seqüestrado está na mente
Diáspora inexistente
O tráfico de seres humanos fez de mim afrobrasileiro
Não vim aqui a passeio
A branca escraviza não liberta
Negro que enxerga e sente as seqüelas
Do sofrimento dos nossos antepassados
Seqüestrados ontem, hoje marginalizados
Sem reparação dos séculos de escravidão
Não existe igualdade, por isso fecho a mão
Faço parte da resistência
Não quero nada que você me ofereça
Usurpa a cultura negra e a torna popular
Se assusta temendo pra mim perder seu lugar.
Não sou Darth Vader, lado negro da força
Poder Negro na mente, lanterna verde consciente
Super Shock, dreadloks. Também uso coques
Vítimas do embranquecimento
Alisam o cabelo
Inimigas do reflexo do espelho.
Não precisa disso negra linda,
Minha rainha, se anima.
Seu cabelo é tão bonito
Dá pra trançar, deixar solto, fazer birote
Não busque aceitação nem aprovação dos algozes
A sociedade não enxerga sua beleza
Criança precisa de referência, não de Barbie preta
Identificação, Raízes, Consciência
História linda construída com suor e lágrimas
De um povo roubado de sua mãe, ÁFRICA.
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